Acima, uma das imagens fotos que documentaram a violência do crime: um pescador que perdeu seu sustento chora pela morte dos peixes, em Aimorés (MG). Foto de Herone Fernandes, Instituto Últimos Refúgios
Combate Racismo Ambiental
Além de ainda não ter cadastrado todas as pessoas (incluindo pescadores) atingidas pelo crime que há dois anos atingiu de Bento Rodrigues ao oceano, destruindo também o Rio Doce, a Samarco partiu agora para uma nova agressão. Através da sua Fundação Renova, teoricamente criada para resolver o caos por ela criado, resolveu questionar o benefício concedido a cerca de 350 pescadores que estavam recebendo o apoio financeiro a que têm direito.
A seu pedido, o Ministério Público de Governador Valadares (MG) recomendou à Polícia Civil da cidade que investigasse se há pessoas se passando por pescadores para receber o auxílio financeiro devido aos pescadores que tiveram de paralisar as atividades após a contaminação do Rio Doce pelos rejeitos de minério. Resultado: desde terça-feira eles estão sendo intimados a depor na Polícia Civil de Minas Gerais, numa investigação de “prática de falso testemunho em informações prestadas à Fundação Renova, quanto à condição de atingidos pelo desastre da Samarco”.
Segundo informação recebida pelo Combate, “O que mais impressiona é que o local da oitiva da polícia é a UNIVALE, universidade que mantém convênio com a Renova. Pescadores da região estão tendo que se deslocar de suas cidades para depoimento no local. Mesmo que exista delegacias da polícia civil mais próximas a sua residência. É um escárnio”
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