Nesta quinta-feira (23), operação da PF realizou interdições de serrarias
clandestinas instaladas nos municípios de Arame, Amarante e Buriticupu
Em resposta a três ações civis públicas propostas pelo Ministério
Público Federal no Maranhão (MPF/MA), a Polícia Federal (PF), em conjunto com o
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), iniciou, nesta quinta-feira (23)
a “Operação Maravalha”, que visa combater a extração, transporte e
comercialização ilegal de madeira nas reservas indígenas Caru e Araribóia e
reserva biológica do Gurupi, no sudoeste do Maranhão. Foram realizadas interdições
de serrarias clandestinas nos municípios de Arame, Amarante e Buriticupu.
Em agosto de 2016, o MPF/MA processou cerca de trinta madeireiras por
desmatar, degradar e extrair madeira de forma irregular ao redor das terras
indígenas, em local designado, na ação, de Polo Madeireiro de Buriticupu, de
onde era extraída a madeira beneficiada nas serrarias. Muitas das empresas
processadas já tinham sido embargadas administrativamente por várias vezes, mas
continuaram a operar.
Segundo o MPF, a atividade econômica predatória do meio ambiente tem
graves consequências étnicas quanto às populações tradicionais que residem nas
Terras Indígenas Caru e Araribóia, afetadas pela intensa intervenção
não-indígena. A situação exige providências especiais para resguardar a integridade
territorial e étnica desses povos.
Nas ações, o MPF/MA pediu, liminarmente, a interrupção imediata das
atividades de serragem, desdobramento, transporte e recebimento de madeiras em
toras ou serradas. Também requereu a apreensão das madeiras estocadas e
equipamentos utilizados pelas empresas, inclusive de caminhões ou tratores e a
condenação da prática de quaisquer atividades econômicas nas Terras Indígenas
Caru e Araribóia, especialmente o desmatamento, extração ou comércio de
produtos florestais, sob pena de multa no valor de R$ 500 mil
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