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São Luís, Maranhão, Brazil
Homem simples e comum: procuro ser gentil com as pessoas, amigo dos meus amigos e bondoso com a minha família. Sou apaixonado por filmes, internet, livros, futebol e música. Estou tentando sempre equilibrar corpo e mente, manter-me informado das notícias a nível mundial, ministrar aulas de geografia em paralelo às pesquisas acadêmicas que desenvolvo e, no meio de tudo isso, tento achar tempo para o lazer e o namoro. Profissionalmente,sou geógrafo e professor de Geografia no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Maranhão (IFMA ­ Campus Avançado Porto Franco) e Doutorando em Geografia Humana na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA) e do Núcleo de Estudos do Pensamento Socialista Pesquisa do Sindicalismo (NEPS), ambos da UFMA. Participo da Rede Justiça nos Trilhos.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Famílias são despejadas de terras da União pleiteadas pela Vale no interior do Pará

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Durante o despejo, que visava o cumprimento de liminar de reintegração de posse em favor da empresa, moradias e plantações foram destruídas e mais de 100 famílias de acampamento rural de Canaã dos Carajás (PA) ficaram desalojadas
Idayane Ferreira – Justiça nos Trilhos
Segundo o presidente do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Munícipio de Canaã (STTR), José Ribamar da Silva (o Pixilinga), cerca de 120 famílias do Acampamento de Grotão do Mutum foram despejadas, no dia 03 de fevereiro, em cumprimento de uma liminar de reintegração de posse em favor da Vale/SA. Ele explica que a ação “pegou todo mundo de surpresa, porque 15 dias atrás eu tinha ido lá fazer uma fala como sindicato, junto com a CPT (Comissão Pastoral da Terra, de Marabá), sobre a suspenção da liminar do acampamento”. Durante o despejo não foi dado nenhum tipo de apoio às famílias, que atualmente estão alojadas em um campo de futebol, a cerca de 2 km da área de onde foram retiradas.
Ainda de acordo com Pixilinga, o despejo foi realizado por homens da Tropa de Choque do Comando de Missões Especiais e de seguranças que trabalham para a Vale, coordenados pelo Major Aquino. Barracos foram derrubados e as plantações existentes na área foram destruídas. Em carta aberta, a organização Brigadas Populares se solidarizou com as famílias despejadas apontando a ilegitimidade da liminar. “O mais grave nesse caso é que a Vale obteve reintegração de posse apesar de não ter titularidade da terra já que as áreas pertencem à União”. A empresa tem interesse no território, localizado no interior do Estado do Pará, para a extração de bens minerais.
Além das famílias do Acampamento de Grotão, outras 900, que estavam acampadas em área urbana de Canaã, também foram despejadas, mas o poder público municipal não ofereceu nenhum tipo de assistência a elas. Com o apoio do sindicato, 200 dessas famílias conseguiram alojamento num ginásio. “Vamos procurar um lugar pra eles já que não tem poder público nenhum que possa tomar as providências”, pontuou Pixilinga.
Como modo de apoiar e fortalecer os sete acampamentos existentes em Canaã do Carajás, foi realizado neste final de semana (20 e 21 de fevereiro), o primeiro encontro dos acampados. Além disso, uma comissão composta pelos coordenadores dos assentamentos realizou uma visita às famílias desalojadas, em forma de solidariedade.

Foto: Brigadas Populares

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