segunda-feira 11 de novembro de 2013


A parlamentar se mostrou
impressionada com a mobilização dos atingidos da mineração realizada no rol de
entrada da Câmara dos Vereadores.
Nossa manifestação
chamou atenção de vários parlamentares e, com a plenária que fizemos, aumentou
a coesão do comitê. Essa foi a

quarta plenária em
Brasília, mas foi muito forte em relação à troca de experiências. Havia pessoas
que sofrem com a mineração de diferentes partes do país, como Pará, Maranhão,
Bahia, Minas, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro, somando 20
municípios. Ver essas pessoas unidas é algo muito emocionante – disse Maria
Julia Gomes Andrade, representante do Comitê e da Via Campesina.
Ela enfatiza que o Comitê não se limitará a acompanhar a votação do novo código da mineração:
Justamente por
perceber a força da união dos atingidos é que não focamos a plenária desta
semana em Brasília no novo código. Há muita coisa em jogo além disso.
O pesquisador do Ibase Carlos Bittencourt ressaltou outras atividades do Comitê.
O Comitê realmente não
se resume ao debate do código. Ele se insere no contexto de defesa dos
territórios e os impactos da mineração. Por isso, mesmo após a aprovação do
código, seguiremos articulando as comunidades locais, com uma dinâmica nacional
de enfrentamento ao setor mineral. A ideia é que, nos próximos meses, o Comitê
comece a se regionalizar.
Ela enfatiza que o Comitê não se limitará a acompanhar a votação do novo código da mineração:

O pesquisador do Ibase Carlos Bittencourt ressaltou outras atividades do Comitê.

Sandra, uma liderança
entre os atingidos em Minas
Há fortes lideranças pelo país, como Sandra Vita, da Associação Comunitária Nascentes e Afluentes da Serra do Caraça. Sandra mora na localidade do Morro da Água Quente, do município Catas Altas, a 120 quilômetros de Belo Horizonte. Lá, conta ela, as mineradoras Vale e Samarco causaram estragos ao dia a dia daquelas populações.
Uma das minas da Vale
está a um quilômetro e meio da nossa comunidade. Os impactos são gritantes. A
poluição é imensa, o barulho das detonações é constante e, o que é gravíssimo,
o volume da água dos nossos mananciais tem diminuído de forma assustadora. Nas
atividades minerais, utilizam somente a nossa água potável.
A presença da Vale e da Samarco, acrescenta ela, tem trazido doenças como asma e e bronquite, entre outras.
Outra liderança é a professora em Belo Horizonte Lourdes Francisco da Costa.Ela voltou para o município onde nasceu assim que se aposentou. Passou a morar em Grão Mogol, no Vale das Cancelas. Mas, para sua surpresa, a atividade mineral havia se intensificado. Projetos de pesquisa de grandes grupos do setor causaram um grande estrago na cidade: especulação financeira do preço das terras, uma grande quantidade de pessoas diferentes no lugar.
Com essa vinda desse
contingente, aumentou a quantidade de prostituição infantil. O Estatuto do
Menor em minha cidade virou uma mera fachada. Isso gerou uma tragédia social,
com famílias se desagregando. As meninas estão engravidando sem qualquer
condição de criar uma criança. E, por causa desses exemplos, o aborto está em
número crescente.
O Comitê esteve no Congresso Nacional no último dia 6 de novembro. Casos como os narrados acima estão sangrando o país em diferentes regiões. O novo código da mineração sequer cita as populações nos lugares de exploração mineral. Há muita luta pela frente.
Há fortes lideranças pelo país, como Sandra Vita, da Associação Comunitária Nascentes e Afluentes da Serra do Caraça. Sandra mora na localidade do Morro da Água Quente, do município Catas Altas, a 120 quilômetros de Belo Horizonte. Lá, conta ela, as mineradoras Vale e Samarco causaram estragos ao dia a dia daquelas populações.

A presença da Vale e da Samarco, acrescenta ela, tem trazido doenças como asma e e bronquite, entre outras.
Outra liderança é a professora em Belo Horizonte Lourdes Francisco da Costa.Ela voltou para o município onde nasceu assim que se aposentou. Passou a morar em Grão Mogol, no Vale das Cancelas. Mas, para sua surpresa, a atividade mineral havia se intensificado. Projetos de pesquisa de grandes grupos do setor causaram um grande estrago na cidade: especulação financeira do preço das terras, uma grande quantidade de pessoas diferentes no lugar.

O Comitê esteve no Congresso Nacional no último dia 6 de novembro. Casos como os narrados acima estão sangrando o país em diferentes regiões. O novo código da mineração sequer cita as populações nos lugares de exploração mineral. Há muita luta pela frente.
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