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São Luís, Maranhão, Brazil
Homem simples e comum: procuro ser gentil com as pessoas, amigo dos meus amigos e bondoso com a minha família. Sou apaixonado por filmes, internet, livros, futebol e música. Estou tentando sempre equilibrar corpo e mente, manter-me informado das notícias a nível mundial, ministrar aulas de geografia em paralelo às pesquisas acadêmicas que desenvolvo e, no meio de tudo isso, tento achar tempo para o lazer e o namoro. Profissionalmente,sou geógrafo e professor de Geografia no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Maranhão (IFMA ­ Campus Avançado Porto Franco) e Doutorando em Geografia Humana na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA) e do Núcleo de Estudos do Pensamento Socialista Pesquisa do Sindicalismo (NEPS), ambos da UFMA. Participo da Rede Justiça nos Trilhos.

domingo, 27 de abril de 2014

Obras no terminal reavivaram conflito entre os pescadores da região e a mineradora

terça-feira 22 de abril de 2014 A grandiosidade do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA) contrasta com o espaço ocupado hoje pela comunidade pesqueira local. Uma pequena faixa de areia, espremida pela área da mineradora, abriga 20 ranchos que resistem na Praia do Boqueirão, a oeste de São Luís. A construção do Píer IV reavivou o conflito entre Vale e pescadores. Eles reclamam que a obra tornou escasso o pescado e reduziu a área de trabalho na praia. "O impacto foi muito grande. A zoeira no Píer afastou os peixes", diz Osmar Santos Coelho, de 73 anos, conhecido como seu Santico. Ele conta que os efeitos da operação da Vale são sentidos pela comunidade desde a década de 70, quando áreas foram desapropriadas para a implantação do porto. A população foi realocada em bairros da região. O acesso à Praia do Boqueirão é difícil. A passagem é estreita, próxima a um canal sujo que fica ao lado das instalações da Vale, cercadas por um muro alto de concreto. Por segurança, a Vale pede que a pesca não ocorra numa distância de 150 metros de cada lado do píer. Os pescadores acreditam que a água do lastro - usada para equilibrar os navios, vindos de continentes como a Ásia e descartada durante seu carregamento - gera contaminação. A Vale afirma que não há provas disso nem da redução do pescado na região. "O píer impediu a passagem da carreira da maré, que trazia os peixes", diz Levi Silva, de 74 anos. Tanto Levi quanto seu Santico estão num grupo de 50 pescadores que recebem, desde 2008, uma compensação paga pela Vale em contrapartida à instalação do novo píer. A bolsa vai de R$ 612 a R$ 1,9 mil por mês. Ganha mais quem tem a pesca como única fonte de renda. A divisão é considerada arbitrária pelos que se sentem prejudicados e cria um clima tenso entre os pescadores. A Vale afirma que não definiu os grupos de forma unilateral, mas a partir de estudos de caracterização pesqueira. Em 2011, foi criada a Associação da Comunidade de Pescadores da Praia do Boqueirão, que move uma ação de indenização por danos materiais e morais contra a Vale. Por decisão judicial, a Vale paga, desde 2013, R$ 1,5 mil por mês a 110 associados, até que haja uma sentença definitiva. O grupo pede R$ 280 mil para cada pescador. Em sua defesa, a Vale contesta a alegação de danos ambientais, materiais e morais. Por Mariana Durão - O Estado de S.Paulo

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