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São Luís, Maranhão, Brazil
Homem simples e comum: procuro ser gentil com as pessoas, amigo dos meus amigos e bondoso com a minha família. Sou apaixonado por filmes, internet, livros, futebol e música. Estou tentando sempre equilibrar corpo e mente, manter-me informado das notícias a nível mundial, ministrar aulas de geografia em paralelo às pesquisas acadêmicas que desenvolvo e, no meio de tudo isso, tento achar tempo para o lazer e o namoro. Profissionalmente,sou geógrafo e professor de Geografia no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Maranhão (IFMA ­ Campus Avançado Porto Franco) e Doutorando em Geografia Humana na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA) e do Núcleo de Estudos do Pensamento Socialista Pesquisa do Sindicalismo (NEPS), ambos da UFMA. Participo da Rede Justiça nos Trilhos.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

No exterior, Vale enfrenta protestos por riscos ambientais

terça-feira 22 de julho de 2014
RIO - Não bastasse os preços baixos do minério de ferro, a Vale tem se deparado com o ressurgimento da oposição a alguns projetos no exterior, em meio a processos eleitorais locais. Na Nova Caledônia, território francês onde a mineradora tem uma mina de níquel, uma onda de protestos estourou em abril, após mais um vazamento de efluentes ácidos na unidade, no Sul do arquipélago.
O acidente, que matou cerca de mil peixes, deu munição à agitação política. No mês seguinte, foram eleitos novos membros do Congresso, que decidirão sobre o referendo que trata da possível independência em relação à França.
Veículos e edifícios da Vale foram incendiados, interrompendo a produção por três semanas. A empresa atua na Nova Caledônia em parceria com companhias japonesas e um pool de províncias do arquipélago.
No Peru, onde haverá eleições municipais em outubro, a Vale é acusada de não tomar os devidos cuidados no embarque de fosfato (matéria-prima para fertilizantes), em seu terminal na Baía de Sechura, Nordeste do país, o que colocaria em risco o meio ambiente e a atividade pesqueira.
A Vale opera no país por meio da subsidiária Miski Mayo, que tem a americana Mosaic e a japonesa Mitsui como sócias.
IMPACTO EM ÁREA PROTEGIDA
A Vale herdou as operações na Nova Caledônia ao comprar a canadense Inco em 2006, tornando-se a segunda maior produtora de níquel no mundo. As reservas no território francês são 25% das de níquel da Vale e têm vida útil até 2043.
Mas a sustentabilidade do projeto é questionada por ONGs, que temem o impacto sobre um conjunto de lagoas consideradas patrimônio da Humanidade pela Unesco. Desde 2009, elas contabilizam ao menos cinco vazamentos, alguns envolvendo ácido sulfúrico. Segundo o ativista Sarimin Boengkih, o local de despejo de efluentes está situado a 3,5 quilômetros das lagoas.
— Com a sucessão de acidentes, as pessoas estão cada vez menos confiantes no processo de produção de níquel da Vale — afirma Boengkih.
A mineradora reconhece que houve problemas na implantação do projeto, mas assegura que “a operação é viável e segura”. E informa que uma auditoria externa confirmou que o controle de efluentes é adequado. A Vale já foi multada em US$ 460 mil.
PERU: DENÚNCIAS DESDE 2011
No Peru, a exploração de fosfato tem importância estratégica para a Vale, pois o Brasil é deficitário em fertilizantes. Segundo a comunidade local, porém, no momento do embarque em navios, há dispersão de material particulado no ar e na água, o que pode causar problemas respiratórios e desequilíbrios no ecossistema marinho. A primeira denúncia foi feita em 2011 pelo Sindicato de Trabalhadores da Petroperu, petroleira que tem um terminal a cerca de 300 metros do da Vale.
— Agora, os embarques têm sido à noite, para que ninguém note — diz Evin Querevalú, presidente do sindicato.
A Vale explica que o carregamento de navios pode gerar pó e assegura que está trabalhando para melhorar o sistema. E ressalta que uma multa ambiental local foi anulada em abril.
Para analistas de mercado, a oposição aos projetos não deve afetar o desempenho financeiro da Vale.

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