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São Luís, Maranhão, Brazil
Homem simples e comum: procuro ser gentil com as pessoas, amigo dos meus amigos e bondoso com a minha família. Sou apaixonado por filmes, internet, livros, futebol e música. Estou tentando sempre equilibrar corpo e mente, manter-me informado das notícias a nível mundial, ministrar aulas de geografia em paralelo às pesquisas acadêmicas que desenvolvo e, no meio de tudo isso, tento achar tempo para o lazer e o namoro. Profissionalmente,sou geógrafo e professor de Geografia no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Maranhão (IFMA ­ Campus Avançado Porto Franco) e Doutorando em Geografia Humana na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA) e do Núcleo de Estudos do Pensamento Socialista Pesquisa do Sindicalismo (NEPS), ambos da UFMA. Participo da Rede Justiça nos Trilhos.

sábado, 5 de abril de 2014

Justiça nos Trilhos lança Mapa das Comunidades afetadas pelo Programa Grande Carajás

Por CombateRacismoAmbiental, 04/04/2014 08:40 Justiça nos Trilhos É cada vez mais importante visibilizar que os grandes projetos instalados ou ampliados no país trazem consigo um amplo rastro de impactos. É com esse objetivo que a Rede Justiça nos Trilhos está lançando durante essa semana o Mapa das comunidades afetadas pelo Programa Grande Carajás no Maranhão e Pará. O mapa, com acesso interativo no site da rede, faz um levantamento das comunidades impactadas ao longo de 900 km de ferrovia, desde a mina de Parauapebas no Pará até a cidade de São Luís no Maranhão e o porto de Ponta da Madeira. Ao longo desse território, denominado “Corredor de Carajás”, existem mais de 100 comunidades somente na área de influência direta da Estrada de Ferro Carajás (500 metros de cada margem da ferrovia). Em construção permanente, o mapa visualiza algumas das muitas informações organizadas em um banco de dados mais amplo e detalhado, feito pela rede Justiça nos Trilhos. A ferramenta é fruto da sistematização do trabalho de lideranças e educadores populares, realizado diariamente no Corredor de Carajás. Trata-se de uma oportunidade para que diferentes comunidades que sofrem os mesmos impactos se reconheçam por terem entre si conflitos e resistências comuns. Além disso, é um instrumento para jornalistas e pesquisadores que queiram conhecer os danos provocados pela empresa Vale nos Estados de Pará e Maranhão. “Os grandes projetos de mineração, as hidroelétricas e barragens, os minerodutos e muitos outros investimentos são financiados com dinheiro público, favorecem o lucro privado e provocam violações coletivas. Visibilizar esses impactos, dar um nome às comunidades atingidas, mostrar fotos, elencar os danos e narrar o sofrimento é mais uma estratégia para por um freio à expansão descontrolada desse modelo extrativista”, afirma Pe. Dário Bossi, membro da Rede Justiça nos Trilhos. O mapa das comunidades atingidas ao longo do corredor de Carajás se baseia no “Mapa de Conflitos envolvendo injustiça ambiental e saúde no Brasil“, realizado pelas organizações Fiocruz e FASE. Alguns casos do Corredor de Carajás já estão sistematizados nos estudos dessas organizações. Essa é também mais uma iniciativa em vista do Seminário Internacional “Carajás 30 anos: mobilizações e resistências frente a grande projetos na Amazônia Oriental“, que de outras formas pretende visibilizar e documentar, pela voz direta dos afetados, todos os tipos de violações sofridas. Acompanhamento das comunidades impactadas A construção desse mapa é resultado do trabalho de lideranças comunitárias e de um acompanhamento realizado por pesquisadores da Rede Justiça nos Trilhos. “Trabalhamos junto às comunidades em níveis diferenciados, de acordo com a compreensão da violação sofrida e com a disposição da comunidade de se organizar para exigir que o dano sofrido seja reparado, ou para impedir que futuros danos sejam causados”, ressalta Sislene Costa, pesquisadora que acompanha as populações atingidas. Para ela, a forma como a Estrada de Ferro Carajás (EFC) foi instalada na Amazônia Oriental, nos anos 1980, causou impactos sofridos até os dias atuais pelos diversos grupos sociais. Com a duplicação da ferrovia, muitos dos danos causados na sua instalação estão se repetindo. Trata-se de remoções, assoreamento de fontes hídricas, danos às estradas vicinais e às estruturas de residências em decorrência da circulação de veículos pesados, atropelamentos de pessoas e animais, dificuldade na travessia e violação do direito de ir e vir das comunidades, dentre outros. Hoje, a dúvida que gera maior insegurança nas comunidades é o fato de não saberem como será garantida a segurança e o direito ao atravessamento da linha de ferro após a duplicação da EFC, prenvendo-se inclusive a circulação do dobro das composições. A empresa não dialoga com a população e isso deixa as pessoas insatisfeitas e preocupadas. “Ao mostrar os impactos da ferrovia, o mapa desvela também a ineficiência do Estado em prover a infraestrutura necessária a uma vida digna a essas pessoas. Revela ainda, quão falacioso é o discurso da Vale sobre desenvolvimento, que há 30 anos o povo espera”, denuncia Sislene Costa. O mapa pode ser acessado no site da Rede Justiça nos Trilhos e será atualizado permanentemente. Rede Justiça nos Trilhos

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