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Homem simples e comum: procuro ser gentil com as pessoas, amigo dos meus amigos e bondoso com a minha família. Sou apaixonado por filmes, internet, livros, futebol e música. Estou tentando sempre equilibrar corpo e mente, manter-me informado das notícias a nível mundial, ministrar aulas de geografia em paralelo às pesquisas acadêmicas que desenvolvo e, no meio de tudo isso, tento achar tempo para o lazer e o namoro. Profissionalmente,sou geógrafo e professor de Geografia no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Maranhão (IFMA ­ Campus Avançado Porto Franco) e Doutorando em Geografia Humana na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA) e do Núcleo de Estudos do Pensamento Socialista Pesquisa do Sindicalismo (NEPS), ambos da UFMA. Participo da Rede Justiça nos Trilhos.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Após dois anos da tragédia do Rio Doce, dossiê é apresentado na ONU

Organizações se reúnem em Genebra para debater acordo que responsabiliza transnacionais por violações de direitos
Júlia Dolce, Brasil de Fato
Um dossiê audiovisual sobre a tragédia da bacia do Rio Doce, produzido por meio de uma cooperação entre movimentos populares brasileiros, foi apresentado nesta segunda-feira (23), durante a discussão de um novo Tratado Vinculante sobre Empresas Transnacionais e Direitos Humanos, no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), em Genebra (Suíça).
O rompimento da barragem de Fundão, na cidade de Mariana (MG), da mineradora Samarco (joint venture entre a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton) completa dois anos no dia 5 de novembro deste ano. O documento apresentado será utilizado como um exemplo de violação de direitos humanos e ambientais por meio de corporações.
Representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), da Articulação Internacional de Atingidos e Atingidas pela Vale da Rede Católica de Organizações pelo Desenvolvimento (CIDSE), uma das organizações internacionais que financiaram a produção do dossiê, foram responsáveis por sua apresentação.
De acordo com Stefan Reinhold, Secretário-Geral da CIDSE, o caso da Bacia do Rio Doce chamou a atenção da organização por ser a maior catástrofe ambiental da história brasileira.
“Nós acreditamos que isso é uma tragédia, mas também exemplifica a forma como corporações mineradoras, na sua estrutura, são capazes de violar direitos ambientais e humanos”, afirmou.
Segundo Reinhold, uma das principais expectativas da reunião é prevenir que crimes como o da Bacia do Rio Doce voltem a acontecer. “Nós não podemos voltar para o passado, mas o objetivo é principalmente usarmos Mariana [MG] como um exemplo da violação estrutural de direitos humanos que as companhias transnacionais, nesse caso a Samarco, a BHP Billiton, e a Vale, cometem. E então temos esperança que, nos próximos anos, esse tratado poderia ajudar vítimas de abuso de direitos humanos, e, no caso de Mariana, que as vítimas possam ir para uma corte internacional para clamar remediações pelas violações”, pontuou.
Para Thomas Bauer, fotógrafo da Comissão Pastoral da Terra (CPT) que percorreu o Rio Doce no final de 2016 para produzir o dossiê, o documento ajuda a fazer com que a tragédia não caia no esquecimento.
“Mostra a gravidade da situação. Até agora praticamente nada foi reparado. Os atingidos não conseguiram melhorar sua situação diante do que acontece, e muitos perderam tudo. Mesmo com essa situação, e várias outras no mundo, não existe nenhum tratado internacional que assegure a proteção dos direitos humanos dessas pessoas, diante dos crimes cometidos pelas transnacionais”, disse.
O rompimento da barragem do Fundão completa dois anos no próximo dia 5 de novembro. O dossiê completo sobre a tragédia está disponível online.

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