03/07/2013

- no dia 01 de julho de 2013 ouvimos através de carro de som
circulando nos bairros de Piquiá de Cima e Piquiá de Baixo um chamado, em nome
genericamente da 'sociedade açailandense', à mobilização contra os impactos
provocados pelas empresas siderúrgicas na cidade. Ao tentar buscar informações
a respeito da autoria dessa mobilização, ninguém soube nos informar;
- no dia 02 de julho soubemos que um pequeno grupo de cerca 30
pessoas, vindo com dois ônibus do centro da cidade, se concentrou nas
proximidades do posto desativado de combustível denominado 'posto Piquiá'
- no mesmo dia, aproximadamente às 12 horas, recebemos
informações por um programa rádio da cidade que um grupo de pessoas estava
manifestando em cima dos trilhos da Estrada de Ferro Carajás e bloqueando a
circulação do trem, reivindicando atenção às precárias condições de saúde dos
moradores de Piquiá de Baixo, vítimas da poluição siderúrgica.
Ressaltamos que nenhuma de nossas organizações foi previamente
comunicada a respeito dessa manifestação e que nenhum associado da Associação
Comunitária dos Moradores do Pequiá, nenhum componente da rede Justiça nos
Trilhos, nenhum funcionário ou sócio do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos
Humanos de Açailândia e nenhum coordenador da Paróquia Santa Luzia do Piquiá
organizou ou participou de referido ato.
Reconhecemos nas reivindicações proclamadas pelos manifestantes
as denúncias contra a poluição provocada pelas empresas siderúrgicas e a Vale
S. A., que há vários anos também nós estamos formalizando.
Reconhecemos também a urgência de uma solução para o
reassentamento do Piquiá de Baixo, a começar pela conclusão do processo de
desapropriação do terreno e a aprovação do projeto urbanístico e habitacional
pela Prefeitura de Açailândia e o Estado do Maranhão.
Nas últimas semanas a Associação Comunitária dos Moradores do
Pequiá tem participado e organizado manifestações pacíficas no centro da cidade
de Açailândia reivindicando essas urgências e tem lançado, em colaboração com a
International Alliance of Inhabitans, uma campanha internacional de
solidariedade ao Piquiá e de pressão sobre as instituições públicas
responsáveis para o reassentamento.
Apesar da legitimidade das reivindicações, não reconhecemos a
autoria desses atos de protesto.
Açailândia, 02 de julho de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário