Brasília
(06/08/2013) – Na manhã desta terça-feira (6), o presidente do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vizentin, reuniu-se
com lideranças de comunidades extrativistas, no Ministério do Meio Ambiente
(MMA), em Brasília. O objetivo foi levantar as demandas de criação e ampliação
de unidades de conservação (UCs) de uso sustentável que tramitam no Instituto.
Entre os
representantes dos extrativistas, estavam o presidente do Conselho Nacional dos
Seringueiros (CNS), Joaquim Belo, e o secretário-executivo da Comissão das
Reservas Extrativistas (Resex) Marinhas, Carlos Alberto dos Santos. Do ICMBio,
além do presidente, participaram o diretor de Ações Socioambientais e
Consolidação Territorial em UCs, João Arnaldo Novaes, e a diretora substituta
de Criação e Manejo de UCs, Bruna de Vita Silva Santos.
A reunião deliberou
pela aceleração de oito UCs consideradas estratégicas. No pacote, estão a
criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) das Nascentes
Geraizeiras, em Minas Gerais, das resex Ilhas de Sirinhaém, em Pernambuco, do
Cabo de Santa Marta Grande e Ibiraquera/Encantada, em Santa Catarina, Litoral
Sul de Sergipe, em Sergipe, Tauá-Mirim, no Maranhão, e a ampliação das resex do
Lago Cuniã, em Rondônia, e do Médio Juruá, no Amazonas.
O presidente
considerou a primeira reunião com as lideranças extremamente positiva. "A
expectativa é que possamos avançar juntos e delinear o que queremos para essas
áreas, que, como os senhores mesmo destacaram, são extremamente estratégica
para essas comunidades e famílias. Queremos numa segunda rodada de discussões
traçar um agrupamento das demais propostas por bioma ou outros gêneros",
frisou.
Ficou prevista uma
oficina de trabalho coordenada pelo ICMBio, em parceria com CNS e outras
instituições, para o próximo dia 17, em Belém, envolvendo cerca de 30
lideranças das UCs mais emergenciais de serem criadas ou ampliadas.
Para o presidente
do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Joaquim Belo, a gestão do ICMBio
demonstrou apoiar as reivindicações dos extrativistas no sentido de se traçar
uma estratégia mais eficaz que atenda aos interesses das comunidades. " A
expectativa é de que possamos dar visibilidade a toda essa demanda social na
ponta. O pacote com as oito UCs já é um começo, mas há espaços em que a disputa
pela terra está cada vez mais acirrada e complexa. E onde muitos querem é
porque ainda há riqueza, recurso natural e floresta em pé", frisou Belo.
Para ele, o ICMBio
foi criado há seis anos mas apenas agora ele percebe na insittuição uma
preocupação mais real em se contruir um caminho de criação e ampliação de UCs
mais qualificadas, com a participação das comunidades tradicionais. "É
preciso que o conhecimento tradicoonal e o modo de vida das pessoas seja
colocado na mesa, seja levado em conta, e pese nas decisões dos gestores",
frisou ele.
Já o
secretário-executivo da Comissão das Resex Marinhas, Carlos Alberto dos Santos,
considerou a reunião positiva em especial porque as demandas de criação e
ampliação passam a estar mais qualificadas, tendo como base o que é importante
para as populações tradicionais. "Represento o bioma marinho-costeiro,
cujo número de UCs criadas ainda é pequeno. E grande é a demanda por novas
criações e ampliações em particular as reservas extrativitas", frisou
Carlos Alberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário