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Homem simples e comum: procuro ser gentil com as pessoas, amigo dos meus amigos e bondoso com a minha família. Sou apaixonado por filmes, internet, livros, futebol e música. Estou tentando sempre equilibrar corpo e mente, manter-me informado das notícias a nível mundial, ministrar aulas de geografia em paralelo às pesquisas acadêmicas que desenvolvo e, no meio de tudo isso, tento achar tempo para o lazer e o namoro. Profissionalmente,sou geógrafo e professor de Geografia no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Maranhão (IFMA ­ Campus Avançado Porto Franco) e Doutorando em Geografia Humana na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA) e do Núcleo de Estudos do Pensamento Socialista Pesquisa do Sindicalismo (NEPS), ambos da UFMA. Participo da Rede Justiça nos Trilhos.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Vale e Arcelor respondem por 83,41% do material particulado na Grande Vitória

Imagem: Grande Vitória sofre com o pó preto (Folha de Vitória)

Vale e Arcelor respondem por 83,41% do material particulado na Grande Vitória

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Ubervalter Coimbra, Século Diário
A Vale e a ArcelorMittal respondem por 83,41% do Material Particulado Total (MPT) da Grande Vitória. Foi o que constatou um pesquisador do mestrado em Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) em 2011, que analisou dados de 2005, do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).
Embora as atividades na área de siderurgia tenham aumentado, as empresas e o Iema dizem que a poluição do ar produzida pelos dois setores na Grande Vitória diminuiu.
Na pesquisa, o mestrando afirmou que a maior participação corresponde à Vale, 60,58% do MPT da região (ou 72,63% do total emitido pela siderurgia), o equivalente a 5.275,21 T/ano de MPT. E considera que “também é relevante a parcela referente à ArcelorMittalTubarão, 22,10% do total, com a emissão de 1.605,02 T/ano”.
Com a poluição da Arcelor Mital Cariacica (então Belgo), que responde por 2,05% do MPT na Grande Vitória, a ArcelorMittal respondia no total por 24,15% do material particulado na Grande Vitória. Outras siderúrgicas, de menor porte, também são responsáveis pelo MPT.
A chancela da dissertação foi dada pela orientadora do mestrando, Jane Meri Santos, Ph.D, e por NeyvalCosta Reis Jr, com igual titulação, co-orientador, ambos do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O mestrando, aprovado, foi Israel Pestana Soares.
Além de destacar as atividades siderúrgicas, com participação de 83,41% no material particulado total (MPT) da região, como fonte poluidora, os dados do Iema apontavam que à época, as pedreiras representavam 7,58% desse material; e os veículos automotores que circulam na região, 3,80% do MPT em termos de PM10.
Registra que a maior participação corresponde à Vale, a qual representa 60,58% do MPT da região (ou 72,63% do total emitido pela siderurgia), o equivalente a 5.275,21 T/ano de MPT. Também é relevante a parcela referente à ArcelorMital Tubarão, 22,10% do total, com a emissão de 1.605,02 T/ano (mais 2,05%, da Belgo, hoje ArcelorMittal Cariacica, total 24,15%).
A CBF (à época desativada) e Companhia Siderúrgica Santa Bárbara possuem emissões discretas, 1,78% e 1,45%, respectivamente, do total das emissões siderúrgicas.
As outras fontes de MPT à época eram as pedreiras 7,58%, do total; veículos, 3,80%; cimenteiras 1,65%; indústria alimentícia 1,04%; indústria química 0,80%;  indústria cerâmica 0,70%; indústria têxtil, 0,52%; atividades portuárias 0,26%; fabricação de concreto, 0,19%; fundição, 0,02%; usina de asfalto 0,02%; e, frigoríficos 0,02%.
Com manobras, a participação da siderurgia e mineração foi caindo nas estatísticas doIema, apesar de as empresas aumentarem a produção. A situação se tornou tão cômoda que na CPI do Pó Preto este ano, a Vale assumiu a responsabilidade pela emissão de 15,8% do total das emissões (no total) da Grande Vitória, e a ArcelorMittal a responsabilidade por 6,1% da poluição do ar.
No inventário de fontes, realizado no período de 2009 – 2011, foi constatado que a Vale e a ArcelorMittallançam 38 mil toneladas de poluentes, todo mês, sobre a Grande Vitória. Os poluentes são suficientes para encher 593 carretas, com capacidade para transportar 27 toneladas.
Imagem: Grande Vitória sofre com o pó preto (Folha de Vitória)

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