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São Luís, Maranhão, Brazil
Homem simples e comum: procuro ser gentil com as pessoas, amigo dos meus amigos e bondoso com a minha família. Sou apaixonado por filmes, internet, livros, futebol e música. Estou tentando sempre equilibrar corpo e mente, manter-me informado das notícias a nível mundial, ministrar aulas de geografia em paralelo às pesquisas acadêmicas que desenvolvo e, no meio de tudo isso, tento achar tempo para o lazer e o namoro. Profissionalmente,sou geógrafo e professor de Geografia no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Maranhão (IFMA ­ Campus Avançado Porto Franco) e Doutorando em Geografia Humana na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA) e do Núcleo de Estudos do Pensamento Socialista Pesquisa do Sindicalismo (NEPS), ambos da UFMA. Participo da Rede Justiça nos Trilhos.

domingo, 5 de junho de 2011

Usina termoelétrica do Itaqui usará carvão menos poluente

Quando a MPX anunciou que construiria uma termoelétrica em São Luís para queimar carvão a grande pergunta era: será que a cidade ficará poluída pela emissão dos gases resultantes do processo de geração de energia?
O presidente da MPX Itaqui, Edio Rodenheber, garantiu que isso não é um preocupação porque a empresa escolheu queimar um tipo de carvão mineral com baixo número de oxidação (nox), ou seja, gera menos resíduos do que ouros tipo de carvão.

"Compramos uma mina na Colômbia que tem um tipo de carvão que gera baixo nox. De qualquer forma hoje Nova York é cerca de termoelétricas e as pessoas convivem com esta forma de gerar energia elétrica.A Europa e o resto dos Estados Unidos também tem termoelétrica a carvão. Há muito preconceito com o carvão por causa de filmes como tempos modernos, mas já não mais nada daquilo. Hoje há tecnologia para mitigar as emissões", disse.

Ainda na fase de projeto do empreendimento, os técnicos da empresa passaram a pesquisar tecnologias para diminuir a emissão de resíduos durante a queima do combustível. Rodenheber garantiu que e escolha recaiu em cima de queimadores do tipo "Low Nox", ou seja, que liberavam amenos enxofre e menos nitrogênio do que outros tipos de queimadores.

"Estamos usando todos os tipos de tecnologia para mitigar as emissões. Vamos fazer investimentos em captura de carbono. Estamos pesquisando onde investir nesse sentido e procurando tecnologias para adotar", comentou.
O projeto da MPX no Itaqui está orçado em R$ 1,8 bilhão, está empregando cerca de 3400 operários na obra e deverá entrar em operação até o dia 15 de novembro. Hoje a empresa está terminando a montagem da turbina e da caldeira que serão usados para gerar 360 megawatts de energia elétrica. O suficiente para iluminar uma cidade com um milhão de habitantes.

Parâmetros
Outro bom motivo para adotar a estratégia e investir em tecnologias com baixa emissão de nitrogênio e enxofre é o fato da empresa ter recebido uma linha de financiamento do Banco Mundial (Bid) que tem diretrizes de meio ambiente para plantas termo elétricas mais rígidos que a legislação nacional.

Enquanto a legislação brasileira - Resolução n° 8 dom Conselho Nacional de Meio Ambiente - permite emitir até 500 partículas por miligramas por metro cúbico (PM mg/nm³) a proposta da empresa é emitir apenas 50 PM mg/nm³, o mesmo exigido pelo Bid, que tem regras mais severas.
O mesmo vale para dióxido de enxofre e para o óxido de nitrogênio. Para o primeiro a proposta é emitir apenas 400 mg/nm³, quanto a exigência nacional é 1250 mg/nm³. E o segundo o parâmetro adotado é 510 mg/nm³.
"O nosso condicionamento ambiental só nos permite emitir 1% de enxofre e apenas 7% de cinza. Vamos usar tecnologia a nossa favor. A planta tem filtros que vão reter a maior parte dos particulados", finalizou Rodenheber.

R$ 2 mi para monitorar
o ar de São Luís
A MPX não é a única empresa industrial que atua em São Luís a ter preocupação com a qualidade do ar da capital. A Vale, que tem uma usina de pelotização instalada na região do Anjo da Guarda e que funciona há cerca de 10 anos, matem um projeto de moniotramento do ar em conjunto com o governo estadual.

A mineradora investiu cerca de R$ 2 milhões, desde 2010, na aquisição de três estações para acompanhar a qualidade do ar. A idéia era montar uma rede de monitoramento com sistema de software de alta tecnologia, utilizados hoje em todo o mundo para esse tipo de controle.
"Com este projeto, o objetivo da Vale é ampliar uma ação que consideramos extremamente benéfica para a cidade e seus moradores. Estamos monitorando continuamente o índice de qualidade do ar (IQA) de São Luís, cujos resultados preliminares já indicam estar em um patamar considerado muito bom.", disse o gerente de Meio Ambiente da Vale, Roosevelt Corso.

Estes equipamentos coletam dados como temperatura, direção e velocidade do vento, material particulado, precipitação pluviométrica e níveis de ozônio e gás carbônico. A estrutura física da estação é uma espécie de contêiner, que tem 6 metros por seis metros, e abrigará monitores de gás e material particulado nos quais será implantado o software SIA ATMOS.
Os equipamentos foram colocados em três pontos estratégicos: o comando da Polícia Militar, no Calhau; Corpo de Bombeiros, no Centro; e a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), no São Cristóvão. Os três locais escolhidos para instalação do sistema foram determinados por meio de modelagem matemática, que é padrão neste tipo de estudo de monitoramento;

O fluxo de comunicação da rede é formado pelas informações coletadas nos monitores instalados nos três pontos estratégicos da cidade, que são repassadas para um centro que supervisiona as informações e, em seguida, encaminhadas para computadores da empresa.
Até o fechamento desta edição a reportagem de O Imparcial não havia conseguido entrar em contato com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), que é responsável pela compilação dos dados das PCD's do projeto de monitoramento da qualidade do ar de São Luís.

OLHO
"Estamos usando todos os tipos de tecnologia para mitigar as emissões"
Edio Rodenheber, presidente da MPX

"Resultados preliminares já indicam estar em um patamar considerado muito bom"
Roosevelt Corso, gerente de Meio Ambiente da Vale

NUMERALHA
R$ 1,8 bilhão é o valor do investimento que a MPX está fazendo para construir a termoelétrica do Itaqui, em São Luís
360 megawatts é o potencial de geração de energia elétrica da usina termoelétrica da MPX de São Luís
R$ 2 milhões é o investimento feito pela Vale em uma rede de moniotramento da qualidade do ar em São luís

Perfil da MPX
A MPX é uma empresa diversificada de energia com negócios complementares em geração elétrica, mineração de carvão e exploração e produção de gás natural na América do Sul. A companhia tem um amplo portfólio de empreendimentos de geração térmica, que excede 11 GW de capacidade, posicionando-a estrategicamente para se tornar uma empresa privada líder no setor.A MPX possui também ativos de classe mundial de carvão de baixo nível de emissões na Colômbia, com recursos potenciais superiores a 4 bilhões de toneladas, suficientes para uma produção de 35 milhões de toneladas por ano, e com infraestrutura integrada, que inclui uma ferrovia de 150 km das minas à costa e um porto de águas profundas.
Imparcial

Ernesto Batista
Publicação: 05/06/2011 09:09 Atualização: 05/06/2011 09:33

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