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Homem simples e comum: procuro ser gentil com as pessoas, amigo dos meus amigos e bondoso com a minha família. Sou apaixonado por filmes, internet, livros, futebol e música. Estou tentando sempre equilibrar corpo e mente, manter-me informado das notícias a nível mundial, ministrar aulas de geografia em paralelo às pesquisas acadêmicas que desenvolvo e, no meio de tudo isso, tento achar tempo para o lazer e o namoro. Profissionalmente,sou geógrafo e professor de Geografia no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Maranhão (IFMA ­ Campus Avançado Porto Franco) e Doutorando em Geografia Humana na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA) e do Núcleo de Estudos do Pensamento Socialista Pesquisa do Sindicalismo (NEPS), ambos da UFMA. Participo da Rede Justiça nos Trilhos.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A um passo de resolver a situação de Piquiá de Baixo


Por , 19/09/2014 17:44
Ainda no mês de setembro, a Associação Comunitária dos Moradores do Pequiá (ACMP) deverá chegar a assinar o contrato com a Caixa Econômica Federal para a construção do novo bairro, longe da poluição que matou ou adoeceu dezenas e dezenas de pessoas daquele povoado, no Município de Açailândia-MA.
Falta só um passo: a complementação da última parte do orçamento, que ainda não foi financiada.
O custo total da obra de reassentamento, incluindo a indenização do terreno desapropriado, o pré-projeto de engenharia, as habitações, a infraestrutura e alguns dos equipamentos comunitários necessários, é de cerca 28,5 milhões de reais.
O Programa “Minha Casa Minha Vida” está garantindo 17,78 milhões (62% do total). O Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa do Maranhão (Sifema) contribuiu até agora com 1,5 milhões (5% do total). A Fundação Vale, através de seu programa “Selo de Qualidade Urbana”, se dispôs a oferecer, até agora, 4,68 milhões (16% do total). Estão faltando para fechar a conta, cerca de 4,6 milhões de reais (o 16% restante).
Sem essa última complementação, o contrato não poderá ser assinado, a ACMP corre o risco de esvaziar a luta e as articulações feitas até agora, mas também todos os atores envolvidos perderão uma oportunidade única de reverter a grave situação de violência socioambiental do Piquiá, livrando a população de todas as mazelas sofridas há décadas.piquia 2
O Ministério Público de Açailândia convocou para a próxima terça-feira, 23 de setembro, uma reunião ampla, entre todos os envolvidos, para chegar a um acordo a respeito dessa complementação e, nos dias seguintes, à assinatura do contrato para a construção do bairro.
Meses atrás, fortemente preocupados pelos relatos em nível nacional e internacional sobre o caso, quatro relatores especiais da Organização das Nações Unidas (ONU), enviaram uma interpelação formal ao Governo Federal do Brasil sobre “notícias de contaminações e envenenamentos ainda em curso no bairro de Piquiá de Baixo, Açailândia, Maranhão”.
Trata-se de: Relatoria pelo direito ao mais alto nível de saúde mental e física; Relatoria sobre as implicações para os Direitos Humanos pelo uso de substâncias perigosas e dejetos; Relatoria sobre o Direito Humano à água e saneamento; Grupo de trabalho sobre Direitos Humanos e corporações transnacionais.
Na interpelação dos Relatores, 11 precisas perguntas indagam sobre a situação das famílias e do território, bem como sobre as providências tomadas pelo Estado e as empresas para solucionar definitivamente essa situação de grave violação dos Direitos Humanos.
Cresce a atenção de muitas instituições, entidades, movimentos sociais e pessoas do Brasil e do mundo para com o sofrimento, a resistência e o possível resgate da comunidade de Piquiá de Baixo.
Reverter esse símbolo de injustiça socioambiental numa nova caminhada de libertação é a missão ao alcance de todos os atores convocados, nesse final de setembro, para escrever uma nova página na história

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